A palavra "cosmético" vem do grego kosmetikós, que quer dizer "o que serve para ornamentar" , para enfeitar, decorar ou até mesmo limpar. Deixar mais bonito.

É também definido como substância, mistura ou formulação usada para melhorar ou proteger a aparência.

O cosmético é tratado normalmente dentro de uma grande classe de produtos para higiene e cuidado pessoal.

Daí em diante

Base. Pó compacto. Sombra. Rímel. Delineador. Batom. Blush, entre outros. Isso se deve aos faraós que já no Egito antigo se preocupavam com maquiagem.

Os primeiros testemunhos do uso de cosméticos foram encontrados no Egito antigo. Os faraós usavam perucas coloridas como formas de distinção social e consideravam a maquiagem dos olhos como destaque fundamental para evitar que se olhasse diretamente para Rá, o deus-sol. Para os faraós, os olhos eram a alma da pessoa. Por causa dessa crença, as mulheres capricharam na maquiagem em volta dos olhos.

Segundo Zuanetti (2000) por volta de 3000 a. C, o rigor do clima levou os egípcios a criarem óleos perfumados para tratar a pele dos efeitos prejudiciais do sol. Um carvão misturado com óleo vegetal ou gordura animal (Kohl, uma espécie de delineador) também era usado ao redor dos olhos para proteger dos raios de sol e afugentar insetos, essa foi a mais antiga das maquiagens.

Homens, mulheres e crianças usavam este carvão. Já as mulheres, além de alongarem os olhos e definirem as sobrancelhas com a cor preta do Kohl, realçaram as pálpebras com um pó verde (à base de malaquita), na boca passavam o carmim (pigmento extraído de um inseto) e nas faces um pó avermelhado.

Foi na civilização egípcia que surgiu a distinção: "mulher de pele clara" e "homem de pele escura", os homens deveriam ser mais morenos e as mulheres mais claras.

Isso mostra o quanto a sociedade era machista. Cleópatra representou bem a beleza ideal daquela época. Poderosa e carismática, ela imortalizou seu tratamento.

Segundo a Lenda

Segundo a lenda, toda noite antes de dormir, ela aplicava uma pasta no rosto (mistura de leite de cabra e miolo de pão) e banhava-se em leite com mel. A cada dia, ela sempre cobria seu rosto com argila e maquiava seus olhos com o pó de Khol.

O primeiro creme facial do mundo foi criado pelo físico Galeno por volta de 150 a. C. Foi feito com a adição de água à cera de abelha e óleo de oliva. Tempos depois, o azeite foi substituído pelo óleo de amêndoas e incorporação de bórax ajudou para a formação da emulsão, diminuindo o tempo de processo. Esta foi a primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação na face; foi nascida então a base cremosa facial.

Os romanos gostavam de manter a pele do rosto bem clara. Para que ficasse desse jeito, eles usavam pós de arroz e trigo, sobre uma camada de azeite de oliva ou gordura animal.

As sobrancelhas precisam estar meio escuras e usadas nos lábios corantes bem fortes, de acordo com Zuanetti (2000).

Maquiagem Colorida

A história dos cosméticos coloridos não era aprovada totalmente

Na Roma antiga a indignação masculina em relação aos artifícios femininos de usar produtos para maquiagem está registrada em obras imortais, como escreveu Ovídio "Seu artifício deve permanecer insuspeito.

Como não sentir a repugnância de frente da pintura espessa em seu rosto se dissolvendo e escorrendo até seus seios?" Andreas de Laguna, o médico espanhol do Papa Julius III, dizia que a maquiagem das mulheres era tão espessa que dava para cortar "a nata da torta de queijo de cada uma das bochechas".

Os líderes de igrejas discordam do uso de artifícios coloridos. São Jerônimo relatou de forma evidente a reprovação do ato de maquilhar-se, visto como força do mal e da impureza. "O que faz essa coisa púrpura e branca no rosto de uma mulher cristã, atiçadores da juventude, fomentadores da luxúria e símbolos de uma alma impura?"

De acordo com Zuanetti (2000) na Idade Média (séculos XIII e XIV), a moda era ter a aparência pálida. Para que isso acontecesse, as mulheres evitavam a exposição ao sol ou usavam pós e pastas brancas sobre o rosto. Muitas até morreram pelo uso de uma substância tóxica com o nome de alvaiade.

As cores eram usadas de acordo com a classe social: o vermelho e o rosa eram as cores escolhidas pelas prostitutas. A maquiagem era condenada pela Igreja Católica.

Mas apesar da postura radical da igreja e dos rígidos costumes, com os desenvolvimentos científicos o ato de pintar os lábios virou moda naquela época, quanto as pomadas coloridas ficaram mais acessíveis e seguras. A preocupação com a higiene foi deixada de lado, o que ironicamente ajudou para o crescimento do uso da maquiagem e dos perfumes.

Com o Renascimento, Zuanetti (2000) afirma que o rosto pálido continuou como padrão de beleza nos séculos XV e XVI. Homens e mulheres escondiam suas imperfeições da pele embaixo de várias camadas de pintura branca.

O pó de caulim, gesso ou arroz emboava as faces e os cabelos da aristocracia. A França se tornou o paraíso dos cosméticos, enquanto a Inglaterra os colocou sem desuso.

Segundo Zuanetti (2000) na Idade Moderna os exageros caíram de moda e o rosto natural voltou a ser o modelo de beleza na Idade Moderna. Mas isso foi por pouco tempo. Já em 1883, o perfumista francês Rhodopis lança o batom: um bastão composto por talco, óleo de amêndoas, essência de bergamota e limão, gordura de cervo e corante vermelho. E as descobertas não pararam mais.

No século XX, a cosmetologia um avanço extraordinário, os produtos se diversificaram e ganharam qualidade. Enfim, o uso de maquiagem tornou-se mais livre e popular.

Em 1921, Paris é palco de uma verdadeira revolução na história do batom; é a primeira vez que um produto desta categoria é embalado num tubo e comercializado em cartucho.

O sucesso foi tão grande que em 1930 que os estojos de batom dominam o mercado americano, trazendo uma nova imagem para o desenvolvimento destas formulações. Marilyn Monroe usava maquiagem clara e pintava lábios bem vermelhos, atraindo e intensificando sua feminilidade.

Década de 80

No final da década de 80 são lançadas as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados. Finalmente chegando o novo milênio entram em cena as fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, que com o uso garante propriedades interessantíssimas para nossa beleza, como o protetor solar, controle do envelhecimento da pele.

Nos anos 90 ganha muita importância a era do benefício visível, desde essa época até nos dias de hoje a maquiagem só evoluiu.

A haute couture toma inteligentes rumos nesta nova era. Estilistas ingleses de vanguarda como John Galliano e Alexander McQueen aparecem para dar ênfase nas conservadoras Dior e Givenchy, mudando outra vez a história da moda e make-up.

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Muitos se perguntam qual será o futuro da maquiagem, mas seja qual for, as mulheres com certeza estarão lá, buscando sempre o make perfeito.

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